Estudos Teológicos VOL. 22, NO 1 (1982).
Este estudo
provém de um duplo interesse:
Por um lado,
estou empenhado em auscultar as profecias de Isaías. Tradicionalmente é o profeta do messianismo. Na atualidade
as comunidades cristãs em meio a este nosso povo sofrido estão à escuta atenta
deste profeta, da “palavra que Isaías viu” (2.1). A metodologia exegética
poderia favorecer, talvez aguçar e radicalizar esta escuta; em especial, ela há
de entrar num novo aprendizado que se impõe devido aos compromissos de atuação
transformadora que as comunidades cristãs assumem. Que impulsos nos vem deste Isaías
que tanto falou do novo, do projeto revolucionário?
Por outro lado,
estou empenhado em clarear o jeito de ler textos vétero-testamentários, a
partir do original hebraico. A metodologia exegética tem tradição secular;
diversos são os passos exegéticos propostos. Que metodologia se poderia
exercitar para que, ao mesmo tempo, não se perca de vista a profundidade teológica
do texto e nem se caia no perigo de esfacelar a interpretação em fragmentos
exegéticos?
O exercício que
a seguir desenvolvo é, pois, uma procura em dupla direção; o projeto revolucionário
de Isaías e a leitura criteriosa de um texto bíblico. Por certo que não é
chegada, mas um ponto na caminhada.
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